quarta-feira, abril 20, 2005

Hoje quis ficar em casa, todo mundo foi para o culto de evangelismo lá no Morumbi, mas o meu sentimento de inutilidade foi tão grande que não consegui sair. Que sentido tem uma pessoa que não tem nada para dar ir ministrar para pessoas que precisam e desejam receber?
Nenhum.
Tenho a sensação de que estou descendo, descendo, descendo, sei que ainda falta muito para me humilhar, falta muito para reconhecer, o homem é pó mesmo! Do que vai se orgulhar? Das suas vãs filosofias? Vai ver que é isso, os homens se orgulham do que pensam que são, pobres coitados de nós mortais, reduzidos ao pó da cinza que se julga ser grande coisa.
Não sou nada. Cada dia que passa vejo mais isso, não sou nada. Não sei o que Deus quer de mim de verdade, as vezes perco a razão se seu propósito comigo existe.
Ando tão deprimida. Uma vez o Daniel escreveu dizendo que existe uma revolução diferente, uma revolução que paralisa, que não leva a lugar nenhum, que coisa mais linda, mais verdadeira e mais triste. É exatamente isso que eu sinto, como se não houvesse mais alternativa Senhor, como se não tivesse mais saída, como se não houvesse mais mudança, como se não houvesse mais amanhã. O que vai ser de mim me diga. O que vai ser do meu futuro, o Senhor tem mesmo uma obra comigo? Eu tenho realmente serventia? Onde estão todas aquelas promessas que o Senhor levantou profetas em quatro cantos, uns sem conhecerem aos outros prá me dizer, onde estão as pregações, o ministério, a salvação de vidas, a liberdade de Espírito? Tudo adormeceu? Tudo se perdeu?
Estou triste. Deus é fiel, injusta sou eu! Ele já me deu tantas provas do seu amor, da sua bondade, da sua benignidade, do seu poder.
Pode ser humano inútil que sou, limitado, confuso, perdido. Só me resta confiar em ti.
Senhor tem misericórdia de mim que sou pecador.
Te amo.

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