sábado, agosto 19, 2006

Incredulidade

Então Pedro disse: - Se é o Senhor mesmo, mande que eu vá andando em cima da água até onde o Senhor está. – Venha! – respondeu Jesus. Pedro saiu do barco e começou a anda em cima da água, em direção a Jesus. Porém, quando sentiu a força do vento, ficou com medo e começou a afundar. Então gritou: - Socorro, Senhor! Imediatamente Jesus estendeu a mão, segurou Pedro e disse: - Como é pequena a sua fé! Por que você duvidou?
Mateus 14. 29 – 31

Você já deve conhecer uma outra ilustração que nos fala sobre fé e confiança em Deus. Possivelmente, ao ler a história acima que envolve Pedro e Jesus, você se lembra daquela cena emblemática de Indiana Jones e a última cruzada em que o herói precisa atravessar um abismo e, ao dar o primeiro passo, descobre haver uma ponte oculta em uma ilusão de ótica. Você já pensou, como eu, tantas vezes, que a incredulidade nos paralisa e nos faz perder aquilo que Deus tem reservado para nós. Já imaginou se, lá no Êxodo, na hora em que Deus desse a ordem para o povo marchar, Moisés duvidasse? Nós não teríamos o relato de tão espantoso milagre: o mar se abriu.
Se você, como eu, conhece e lembra de tantas histórias semelhantes, deve conhecer também uma outra que relato a seguir. Conta-se que um alpinista, ao se ver dependurado em um pico sem nenhuma visibilidade após ter escorregado, pediu a ajuda de Deus e disse: Deus socorre-me! Deus respondeu:- Você realmente crê que eu possa salva você? O alpinista respondeu: - Sim, eu creio. Deus, então, mandou que ele cortasse a corda. O alpinista pensou muito e segurou ainda mais forte a corda. Morreu, congelado, a dois metros do chão.
Eu e você já tivemos vitórias e bênçãos trazidas pelo Senhor que nos foram conquistadas porque em algum momento de prova não duvidamos e nem perdemos a fé. Mas tenho a impressão que os nossos momentos “Pedro” devem ter sido mais numerosos.
Talvez o principal tipo de problema que nos acomete dia a dia são os problemas com falta de fé; é a incredulidade. Duvidamos da presença de Deus em nossa vida, da graça de Jesus, do amor do Pai, do perdão e da vida que nos vêm do Senhor. Tememos o desconhecido e nos afligimos no meio de lutas reais, mas essas coisas só são multiplicadas em seus efeitos porque duvidamos da grandeza, da existência e da magnitude da obra do Senhor é nossa vida.
São os momentos “Pedro”. Assustado em descobrir que Jesus vinha até eles no barco, andando por sobre as águas, Pedro desafia o Senhor a provar que é Ele: - Se é o Senhor mesmo, mande que eu vá andando em cima da água até onde o Senhor está. Jesus permite. Pedro começa a andar sobre a água. Até que pára de olhar para a grandeza do Senhor que deu a ordem e pensa nas dificuldades e problemas à sua volta. Quando sua atenção recai sobre o mundo à sua volta, Pedro duvida e afunda.
Assim é conosco. O mundo à nossa volta não é muito favorável. Todas as coisas assustam: violência, guerras, fome, inseguranças e incertezas em geral. Olhamos em volta e parece que tudo está se desfazendo. Até a nossa fé se desfaz nesse contexto. É fácil perdermos a fé e os seus efeitos em um mundo como o nosso.
Contra o problema da falta de fé precisamos de um toque das mãos do Senhor. Precisamos da presença do Senhor. Porém, precisamos, na verdade, de algo diferente. O Senhor, o Seu toque e a Sua presença já estão aqui, como Jesus estava naquele lago, em pé, diante do barco e de Pedro. Precisamos ter olhos para vê-Lo ali, diante de nós, nos chamando para o Seu lado, nos fazendo andar por sobre os nossos problemas. Precisamos de uma visão além do alcance das coisas que nos cercam. Precisamos de olhos que vejam o Deus real e invisível que nos ama e nos chamou a seguí-Lo, com fé e pela graça.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Fantasmas

Quando os discípulos viram Jesus andando em cima da água, ficaram apavorados e exclamaram: - É um fantasma! E gritaram de medo.
Mateus 14. 26

Alguns anos atrás, quando estava no seminário, o professor de hebraico, fatalmente doente, estava internado e necessitado de receber doações de sangue. Eu nunca havia doado sangue, especialmente pelo verdadeiro e descontrolado pavor de agulhar. Por mais que racionalmente eu possa compreender que aquele ato não me causará problema algum, o medo irracional me impedia de agir.
Na doença do professor eu percebi a estupidez do meu medo. Eu temia algo que não existia: algum risco de vida ou dor com uma agulha em meu braço ou com a coleta de sangue. Resolvi enfrentar meu medo. Fui fazer a doação e preveni ao médico do posto de coleta que, devido ao meu medo, era provável que passasse mal ou desmaiasse. Mesmo que eu e o médico estivéssemos racionalmente certos de que meu medo se fundamentava em algo que não existia, por pouco não desmaiei naquele dia.
Meu medo de agulhas é tão grande que me lembro de uma ocasião, início da adolescência, em que um médico me solicitou um exame de sangue para descartar a possibilidade de que as dores enormes que vinha sentindo nos pés fossem causados por febre reumática. Fui até o laboratório para coletar o sangue e voltei para casa sem fazê-lo. Meu medo do que não existia de verdade me paralisou naquela manhã.
Meu medo irracional se dirigia a algo que, de real, não existia. Hoje eu ainda temo um tanto agulhas, mas já sou capaz de enfrentar o medo e coletar sangue e tomar anestesias. Mas ainda não tive coragem de doar sangue de novo.
Naquele barco açoitado pelo vento e pelas ondas – um problema bem real enfrentado pelos discípulos – surge um problema imaginário: os discípulos gritam de medo porque viram um fantasma!
Muitas vezes os problemas que nos afligem não têm base concreta – e nós sabemos disso. Muitas vezes começamos a perceber que eles são criados por nossa cabeça e nosso coração. Com medo, vemos coisas que não existem, ouvimos vozes irreais, tememos o que deveríamos louvar. O tal fantasma que tanto assombrou os discípulos era o Mestre que vinha em socorro, andando sobre as águas!
As vezes a atmosfera de temor e medo nos sufoca tanto que tememos – vemos fantasmas – quando o próprio Deus intervém em nosso favor, como no caso dos discípulos. Nós sabemos ou vivemos histórias como as de Gideão, assustado com o tamanho da responsabilidade que Deus coloca em suas costas, temeroso do fracasso da missão. Nós já tivemos medo de enfrentar as soluções que foram trazidas por Deus para os problemas de nossa vida, como se víssemos fantasmas – medo de onde não deveríamos tirar medo.
Algo assim aconteceu comigo recentemente quando a Petrobras me convocou e eu soube que deveria vir para o Rio de Janeiro. Mesmo ciente que aquilo era resposta da oração e era ação milagrosa do Senhor, eu tive os meus fantasmas. Afinal, sair de perto da família, morar em uma terra estranha, eram desafios assustadores – mesmo que hoje saiba que não se firmavam em nada de concreto.
O medo do desconhecido se enfrenta com fé. Como teve fé o nômade Abrão ao atender o chamado divino para deixar tudo para trás e seguir uma voz que lhe guiava a uma terra que nunca vira – e que, dizia a voz, seria dele e de sua descendência.
O medo do desconhecido se enfrenta lançando-se ao cuidado do Deus amoroso que nos chamou a uma vida verdadeira e real – fé em Jesus e comunhão com o Deus Triúno. Assim, poderemos não correr o risco de ver fantasmas onde, na verdade, está a presença amorosa e cuidadosa do Senhor.

Procurando uma casa de Simão

Naquela cidade, morava uma mulher de má fama. Ela soube que Jesus estava jantando na casa do fariseu. Então, pegou um frasco feito de alabastro, cheio de perfume, e ficou aos pés de Jesus, por trás.
Lucas 7. 37 – 38

Você já deve ter ouvido isso, mas vale repetir. A mulher que invadiu a casa de Simão, o leproso, lavando os pés de Jesus com suas lágrimas, beijos e o caro perfume que carregava, era uma condenada. Prostituta, a ela era impossível sair daquela vida mesmo que quisesse, uma vez que não teria dinheiro algum para se purificar, segundo os ritos da religião judaica. Como prostituta, teria ganho o suficiente, mas seu dinheiro – ilícito – era amaldiçoado e jamais poderia pagar-lhe a pureza ritual. Mesmo que os homens com quem fosse para a cama fossem os maiorais da religião, ela mesma jamais deixaria de ser uma excluída da religião e da sociedade dos judeus.
A religião mata. Ela escraviza. Ela impede a liberdade. Essa mulher é nossa testemunha disso. Nenhum de nós é puro o suficiente para se achegar a Deus. Nem mais santo do que essa mulher pecadora. Nem melhor que ninguém. Mas assumimos o parâmetro religioso que nos faz achar que, por religiosos sermos, melhores somos que os demais. Achamos que a religião – que, em verdade, escraviza e mata – é nossa porta de liberdade: ao cumprirmos seus ritos e participarmos de seus cultos, ao assumirmos sua linguagem, ao nos inteirarmos de seus sentidos, achamos que conseguimos estar mais perto de Deus. Quando pode ser que exatamente oposto seja o caminho que tenhamos tomado.
Homens santos foram para cama com aquela mulher. E se achavam melhores que ela, a ponto de fechar-lhe as portas à salvação – como se ela, a salvação, fosse uma exclusividade religiosa. É triste ver que essa mentalidade de juízo está na mente do próprio Simão, que leproso, segundo o cognome, era tão impuro e rejeitado quanto a prostituta. A visão religiosa, elitista, ritualista estava em alguém que também era sua vítima: Quando o fariseu viu isso, pensou assim: “Se este homem fosse, de fato, um profeta, saberia quem é esta mulher que está tocando nela e a vida de pecado que ela leva” (Lc. 7. 39). Como se a cultura da exploração usasse os explorados para se perpetuar. E, assim, Simão, além de leproso, era fariseu.
Se dependesse da religião para ser salva, a prostituta jamais encontraria paz. Mas ela ouviu falar de Jesus. Nenhum evangelista nos conta como ela ouviu falar. Nenhum nos diz como ela entrou naquela festa privada em que o leproso recebia Jesus. O evangelho só nos mostra uma mulher cônscia de seu pecado e de sua incapacidade de encontrar a salvação por si só. O evangelho apresenta uma mulher que encontra a paz de Jesus, aos pés de Jesus.
O desafio que me foi posto hoje é de me saber como essa prostituta. Eu sou como ela. Pecador impuro irremediável segundo os parâmetros da religião. Desesperado para ser reconstruído, por uma nova chance na vida. Profundamente cônscio de meu afastamento de Deus, ao mesmo tempo em que tremendamente sedento por uma relação mais plena e íntima com Jesus. Alguém que O quer buscar e encontrar. Que já descobriu que é mais fácil achá-Lo em mais improváveis lugares, uma vez que nos lugares que dizem tê-Lo, nunca mais O viu. Preciso encontrá-Lo de novo. E talvez tenha de encontrá-Lo na casa impura de Simão. Tendo Seus pés ungidos pelas lágrimas de uma impura prostituta. Preciso, em suma, de um reencontro com Jesus. Estou ferido.
E lamento perceber que eu não sou o único ferido pela Igreja/Religião. Muitos de nós carecem de um encontro renovador com Jesus. Estive em Fortaleza esta semana e o que mais ouvi foram os lamentos de feridos, machucados e excluídos da Igreja que se chama cristã. Muitos irmãos meus na mesma dor e no mesmo sofrimento. Muitos decepcionados com a religião que mata. Ansiosos por um reencontro com Jesus, já que a Igreja os tirou da comunhão com Ele. Muitos como aquela prostituta – desesperada por Jesus, excluída pela religião.
Há uma Igreja na qual devemos crer. Ela não tem paredes, templos ou placas. Ali, Jesus está festejando com pecadores terríveis, como eu e a prostituta. Estou procurando Jesus em alguma casa de Simão.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Problemas

Naquele momento o barco estava no meio do lago. E as ondas batiam com força no barco porque o vento soprava contra ele.
Mateus 14. 24

No início do ano de 2004 eu editava um jornal evangélico em Natal, o Jornal União. Era um prazer levar aquele empreendimento, mas era problemático saber que, muitas vezes, eu me via pagando para trabalhar. Trabalhava por idealismo, mas me sentia perdendo chances preciosas na vida.
Eu já estava fazendo disciplinas no mestrado como aluno especial desde o ano anterior. Em março, fui aprovado na seleção para aluno regular. Antes mesmo de saber se conseguiria bolsa para o curso, havia decidido deixar o jornal. Havia, mais precisamente, me dedicar exclusivamente ao mestrado mesmo que não houvesse recurso para financiar meus estudos.
Tinha noção de que isso ia ser complicado. Mas minha noção não se comparava com o que comecei a viver nas primeiras semanas de aula. Era muito dinheiro que precisava ser investido em xerox e livros. E eu não tinha um centavo. Preocupei-me verdadeiramente. Ali estava um grande problema real para os próximos anos de minha vida.
Mas o Senhor Jesus é Alguém que sempre está conosco, ao nosso lado, mesmo que duvidemos e mesmo que sejam sérios os nossos problemas. Era uma noite de quarta-feira. Enquanto orava no meu quarto, pedi a Deus que, por amor de Seu Nome, pudesse me conseguir uma bolsa para meus estudos. Disse-Lhe que Ele sabia, melhor do que eu, o quanto ela seria útil e necessária. Na manhã seguinte, a secretaria do mestrado ligou para mim e me perguntou se eu ainda queria aquela bolsa. Glória a Deus! O dia seguinte, a sexta-feira, era o último prazo para que a bolsa fosse distribuída. E ela era uma bolsa que o programa não sabia que estava livre até que uma pró-reitoria da universidade informou que seria distribuída para outro curso.
Contei esse exemplo porque me lembrei dessa história quando pensei no problema que os discípulos enfrentavam nesse tão conhecido relato bíblico. No barco, no meio da noite, atravessando o lago, os discípulos temeram pela vida porque o vento e as ondas ameaçam pôr a pique a embarcação.
Esse era um problema real demais. Como muitos problemas enormes e reais que enfrentamos no nosso dia a dia. Mesmo que não saibamos que problemas cada um enfrenta, podemos afirmar com certa margem de segurança que todo mundo enfrenta um ou outro problema. Alguns, como eu naquele dia, enfrentam graves problemas financeiros. Outros, problemas sérios de saúde. Pessoas entre nós passam por dificuldades familiares. Não importa. O que é certo é que cada um enfrenta palpáveis e reais problemas. Não são coisas de nossa cabeça. Não são ilusões, nem são dificuldades fáceis de superar.
Jesus foi até lá, andando em cima das águas (Mt. 14. 25). Essa história me mostra com clareza que a Bíblia não nos diz que andando com Jesus não teremos problemas. Muito menos somos autorizados a não chamar problemas de problemas. O que podemos crer é que, ainda que Ele tenha de vir andando sobre as águas, Jesus estará ao nosso lado, nos ajudando a passar pelas dificuldades e cumprindo a Sua vontade – trazendo a Sua solução – a cada uma de nossas lutas.
Então os dois subiram no barco, e o vento se acalmou (Mt. 14. 32). A nossa fé e certeza é que o nosso Senhor é poderoso para nos amparar no meio de nossas lutas – que as vezes parecem ser insuportáveis – e para trazer o milagre que acalma o mar e o vento e nos faz navegar, mais uma vez, com paz e tranqüilidade na vida.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Encontrando

Imagine a cena. Você deseja encontrar-se com um amigo ou um parente bem próximo – quem sabe seu pai. O assunto que você tem a tratar é delicado, mas, ainda mais importante que isso, você deseja matar saudades, manifestar carinho e amor, experimentar uma companhia que você não vivencia há algum tempo. Você, então, liga para o seu amado e marca o encontro. Algumas horas depois, a alegria de revê-lo e de viver aquele momento invadem o seu coração.
Pense essa cena. Ela por acaso aconteceria se você duvidasse ou não soubesse da existência de seu amado? É inconcebível que a gente possa desejar relação com alguém de quem duvidamos a existência. Mais que isso, é inconcebível imaginar que alguém possa duvidar da existência de um pai, irmão ou amigo que amamos.
Eu fiquei pensando essas coisas hoje ao meditar sobre um texto bem conhecido da carta aos Hebreus: Sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem vai a Ele precisa crer que Ele existe e que recompensa os que procuram conhecê-Lo melhor (Hb. 11. 6). Encontrar-se com Deus e viver em fé precisa seguir a lógica do encontro com o pai. Você precisa entrar em contato com Ele e realizar o encontro na premissa fundamental de que Ele existe. Não é possível se aproximar de alguém para uma conversa ou uma relação duvidando de sua existência. Ainda mais se esse Alguém é invisível aos olhos físicos.
Esses pensamentos, simples, me inquietaram porque percebo que não raras vezes me flagro em dúvida. Uma dúvida inquietante. Imagino que, sendo eu mais ou menos normal, não devo ser o único cristão no mundo que tenha passado por alguma crise de fé em que a própria fé na existência de Deus tenha sido questionada no interior do coração. Não devo ter sido o único cristão do mundo que tenha se dado conta do desespero que é viver sem fé neste mundo.
Por isso, a fé é o mais fundamental dom de Deus. Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus (Ef. 2. 8). A fé é um fruto da graça de Deus, é presente dado por Deus. Isso significa que para que um homem possa acreditar que o Deus que quer encontrar existe, ele precisa, primeiro, ser alvo da graça infinda do Senhor gerando em seu coração a fé. A certeza de que Deus é e tudo o de bom que existe, toda a beleza do universo e toda a grandeza da vida é dádiva gerada e cedida em Deus. A graça de Deus na forma da fé nos faz ter certeza de que não foi o acaso que nos formou aqui, no terceiro planeta deste sistema solar.
Tendo essa certeza, podemos marcar o encontro. Nossa vida passa a girar em função desse encontro feliz. E girando assim em torno da órbita certa, a felicidade e a realização na vida serão uma constante garantia. Nossa vida será encontro com o Deus que presenteia todo aquele que decide investir sua vida em conhecer melhor o Seu Amado.
Pensar essas coisas me faz ter confiança de esperar na graça de Deus para que tenha a fé renovada e restaurada quando a dúvida quiser se aninhar no meu coração. Estou certo de que a presença dEle em minha vida – mesmo que a fé fraqueje – foi a melhor coisa que eu descobri e tenho descoberto.